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sábado, 26 de janeiro de 2013

Crítica: Tex Coleção 64/66 - O Diabólico Mefisto

(**CUIDADO: este texto contém spoiler. Se você pretende ler essa edição, não leia a crítica**)


| Desenrolar da história | Mefisto | | Mudança brusca na trama | Desfecho da história |

 Tex Coleção n° 64/66, traz uma aventura que sem dúvida nenhuma é um verdadeiro clássico na saga texiana. Estas três edições, lançadas no Brasil ainda na época em que a editora Globo era responsável pelo ranger (na Itália nos n° 39/40), traz mais um confronto entre Tex e Mefisto, seu maior inimigo de todos os tempos. 

 Na história, Kit Willer é sequestrado por índios Hualpais e Tex, Carson, Jack Tigre e os navajos vão a procura dele. Enquanto os pards seguem (separados) os rastros dos Hualpais, Carson também é sequestrado. Nisso, Tex descobre que quem está por traz do sequestro de seu filho é Mefisto, um bandido (agora feiticeiro) que à muito tempo atrás Tex prendeu e que agora quer se vingar.

 Emoção a cada página

  1.  A trama de O Diabólico Mefisto tem uma atmosfera rica e envolvente. Nesta aventura, G. L. Bonelli consegue de forma magnifica equilibrar ação, suspense, drama e emoção durante a evolução do enredo. Se o titulo e a capa (da n° 64) da história não revelasse o retorno de Mefisto, o leitor ficaria curioso em saber quem está por trás de tudo e por quê.
É interessante ver como o lado humano de Tex, Carson, Jack Tigre e dos navajos reagem a determinadas situações. Enquanto uns sentem medo por causa dos dardos envenenados, outros sentem tristeza por não ter voltado à reserva com Kit e Carson. E esses sentimentos são transmitidos para o leitor.


 Aqui, o leitor se sentirá dentro da história, compartilhando com nossos heróis a angústia e a aflição de cada situação.

 Para um grande herói, um grande vilão

 Mefisto é, sem dúvida, um grande vilão. Não por suas maldades, mas sim pelo carisma e importância que o personagem carrega consigo. Saber que Mefisto estará em determinada aventura, é saber que teremos uma excelente história pela frente.

 Nesta edição, Mefisto aparece pela primeira vez na saga texiana como um poderoso feiticeiro, e não mais como um mero espião do governo mexicano. E desta vez, Mefisto não está a serviço de ninguém, e sim planejando sua vingança contra o homem que causou sua ruína: Tex Willer. E apesar de não ser explicado como o vilão saiu da cadeia e conseguiu seus poderes, o leitor entenderá sem dificuldades o que está se passando.


 A rivalidade entre Mefisto e Tex é o tema do enredo desta aventura, e justamente por esse motivo esta é uma das melhores histórias do nosso querido ranger. Um verdadeiro clássico. Mefisto sabe como fazer Tex sofrer, e por isso a aventura se torna ainda mais interessante.

 Da água pro vinho

 Um dos pontos negativos dessa história, é a mudança brusca no cenário e no enredo da aventura que acontece na terceira e ultima parte da trama (Tex Coleção 66). Como Mefisto conseguiu escapar da invasão dos navajos com Kit e Carson (estes estando hipnotizados), o vilão foi se refugiar na cidade, e aí tudo que foi visto nas edições anteriores, muda.

Carson assaltando o banco

 Agora, índios, dardos, pradarias e montanhas dão lugar à cidadãos, banco, xerifes e carroças. E com a justiça atrás de Kit e Carson, o clima construído no inicio e meio da trama é completamente quebrado. Assim, a proposta inicial da história (de Mefisto ser para os índios Hualpais um deus chamado Filho do Fogo) acaba indo por água abaixo. Embora que, contudo, o leitor possa gostar da mudança radical da trama.

O fim foi só isso?

 A grandeza que era e foi esse reencontro entre Tex e Mefisto, e a batalha dramática que esse reencontro carregou consigo, com certeza o final da história foi fraco, beirando ao ridículo. Não digo pela suposta morte de Mefisto, e sim pela falta de emoção que o desfecho teve.


 Além de fraco, o jeito que Mefisto "morreu" foi forçado. Jack Tigre dar um tiro na rocha e as lascas caírem nos olhos do vilão e o mesmo cair no penhasco foi sem graça. Teria sido muito melhor se Mefisto tivesse seu "fim" no momento da invasão dos navajos. Com certeza traria mais emoção.

Conclusão:

 Nenhum texiano que se preze não pode deixar de ler esse verdadeiro clássico que é O Diabólico Mefisto. Nesta trama cheia de ação e surpresas, vemos o porque que Mefisto é sinônimo de uma boa história, pois é justamente isso que o leitor terá pela frente: uma boa história. Nem mesmo os pontos negativos citados na crítica, tiram o brilho dessa emocionante, dramática, surpreendente e inesquecível aventura.

Nota para o TXC 64: 8,5
Nota para o TXC 65: 8,0
Nota para o TXC 66: 6,5
Nota geral: 7,0

2 comentários:

  1. Mefisto está para Tex, assim como o Coringa está para Batman. A uma cumplicidade enorme entre ambos. São vilões eternos e não podem morrer, a diferença de Mefisto para o Coringa é que nas clássicas aventuras de GLBOnelli, infelizmente o roteiro é muito ingênuo e de certo modo muitos se perdem na falta de imaginação, talvez pelo excesso de trabalho do seu autor, mas não deixa de ser uma bela aventura. Nota: 5,00

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  2. Bonelli só não aproveitou mais o personagem porque ele deve te - lo deixado um pouco de lado . Mas anos depois precisou de um bom vilão , renovou o personagem dando - lhe poderes sobrenaturais realmente dignos de nota. E assim ( graças também aos fãs ) , nós todos ganhamos o Nêmese perfeito do nosso herói . Tanto sucesso ele fez que não deu descanso aos quatro justiceiros nem mesmo depois de morto ! E agora que o homem de vermelho voltou das profundezas do Inferno , nós só podemos esperar por novas batalhas épicas ! e tomara que o filho dele , Yama volte a dar as caras também !

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